"Isso é uma humilhação", dizem os católicos mais fervorosos.
Religiosos, poloneses acham que renda não deve ser usada "no traseiro das pessoas".
Diante do declínio da procura por suas rebuscadas toalhas e guardanapos, as rendeiras de uma comunidade tradicional polonesa descobriram que a solução para seus problemas estava na... calcinha.
A idéia de produzir calcinhas de renda deu vida nova à bicentenária indústria têxtil de Koniakow.
"As peças tradicionais estavam muito caras e não vendiam mais. Uma amiga disse, brincando: 'Por que vocês não começam a fazer fio-dental?'", disse a artesã Malgorzata Sanaszek. "Ela fez uma para mim e depois para outras amigas. Foi um sucesso."
A revolução das calcinhas provocou a ira em muita gente. Os poloneses são católicos fervorosos. "Nossa renda é conhecida em toda a Polônia. Fornecemos para o Papa João Paulo II, para a rainha da Inglaterra e para o altar de igrejas", disse Mieczyslaw Kamieniarz. Sua família está no ramo há cinco gerações.
"É vergonhoso e humilhante ver que a mesma renda está sendo usada agora no traseiro das pessoas."
As peças já estão sendo comercializadas até pela internet. "Fazer uma calcinha fio-dental é muito mais fácil", comemora Krystyna Kaisar. Uma toalha leva de uma semana a seis meses para ficar pronta. A calcinha não leva mais que um dia, e custa 38 dólares (81 reais).
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